O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, respondeu, esta quarta-feira, ao presidente francês, Emmanuel Macron, que num discurso ao país afirmou que a "Rússia tornou-se uma ameaça para a França e para a Europa".
Numa publicação, na rede social X, o russo desvalorizou o alerta de Macron, que descreveu como 'Micron', e considerou que, por sua vez, o presidente francês "não representa uma grande ameaça".
"A Rússia tornou-se, neste momento em que vos falo e nos próximos anos, uma ameaça para a França e para a Europa, diz Macron", começou por escrever Medvedev.
"Mas o próprio Micron não representa uma grande ameaça. Desaparecerá para sempre, o mais tardar, a 14 de maio de 2027. E não fará falta", acrescentou, referindo-se ao facto de o mandato de Emmanuel Macron terminar em 2027.
Russia has become, as I speak to you and for years to come, a threat to France and Europe, says Macron. Micron himself poses no big threat though. He’ll disappear forever no later than May 14, 2027. And he won’t be missed.
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) March 5, 2025
Sublinhe-se que o presidente francês fez esta quarta-feira um discurso à nação, onde afirmou que a Europa está a "entrar numa nova era" e defendeu que não se pode "acreditar que a Rússia vai parar na Ucrânia" e, "perante este mundo perigoso, permanecer um espetador seria uma loucura".
"A Rússia tornou-se uma ameaça para a França e para a Europa", atirou.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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