Uma porta-voz da polícia disse que o ataque ocorreu por volta das 18:30 (23:30 em Lisboa) de quinta-feira, quando "cinco ou seis homens" espancaram e pintaram com tinta de spray um homem de 29 anos de idade, enquanto proferiam injúrias antissemitas.
A cena foi filmada e o vídeo publicado pelo jornal New York Post.
A polícia, que apelou ao contributo de testemunhas, disse hoje que a vítima foi hospitalizada em estado "estável", sem revelar a sua identidade.
Um homem de 23 anos de idade, identificado como Waseem Awawdeh e suspeito de participar no assalto ao bater no homem com uma muleta, foi detido e acusado de agressão motivada pelo ódio. Os outros ainda continuavam hoje a ser procurados.
O incidente ocorreu à margem dos confrontos entre manifestantes pró-israelitas e pró-alestinianos, pouco depois de ter sido anunciado um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após 11 dias de conflito.
Vinte e seis pessoas foram presas durante a manifestação, de acordo com a porta-voz.
Uma mulher também sofreu queimaduras quando os fogos de artifício foram atirados para a multidão, disse a polícia, que acredita também se tratar de um "crime de ódio".
O presidente da câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, escreveu no Twitter que "os perpetradores deste ato hediondo serão processados" e garantiu: "O anti-semitismo não tem lugar na nossa cidade".
Referiu que a polícia tinha, durante duas semanas, reforçado as medidas de segurança em "bairros sensíveis" para as comunidades judaica e palestiniana da cidade.
O governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, e outros democratas eleitos ou candidatos às próximas eleições municipais também condenaram o ataque, incluindo a jovem e influente congressista Alexandria Ocasio-Cortez, que tinha denunciado no sábado a política de "apartheid" de Israel em relação aos palestinianos.
"Não há lugar para o antissemitismo no movimento pela libertação palestiniana", escreveu na mesma rede social a estrela da ala esquerda dos democratas.
E acrescentou: "As nossas críticas são dirigidas a Israel e às suas violações dos direitos humanos. Eles não são uma desculpa para crimes antissemitas".
Segundo Jonathan Greenblatt, diretor da Liga Anti-Difamação (ADL), que luta contra o antissemitismo e o racismo, nos últimos sete a dez dias registou-se "um aumento de mais de 50% dos atos antissemitas".
Vários ataques antissemitas recentes passaram despercebidos, referiu.
Enquanto os meios de comunicação social noticiaram um ataque na terça-feira contra comensais judeus, num restaurante de Los Angeles, outros ataques tinham tido lugar em Nova Iorque, Florida, Illinois e Califórnia, disse, relatando um aumento "perturbador" de mensagens antissemitas nas redes sociais.
Desde o início do conflito, várias manifestações, a maioria delas pacíficas, tiveram lugar em Nova Iorque e noutras cidades de todo o mundo desde o início do conflito.
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