"A aterragem forçada de um avião de passageiros na Bielorrússia hoje para deter um jornalista é absolutamente inaceitável", afirma Micheál Martin numa publicação na rede social Twitter.
"Estas ações sem precedentes têm causado grande preocupação em toda a União Europeia (UE) - e devem ser abordadas no #EUCO [Conselho Europeu] de amanhã", acrescenta.
Vários países europeus já exigiram uma explicação à Bielorrússia, depois de um caça bielorrusso ter intercetado um avião no qual seguia o jornalista e ativista Roman Protasevich, que acabou detido no aeroporto de Minsk.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é "um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional".
O avião da Ryanair fazia um voo entre a Grécia e a Lituânia, dois países membros da NATO.
Segundo uma publicação também no Twitter, cerca das 18:15, da comissária europeia para os transportes, Adina Valean, o avião já descolou de Minsk para a Lituânia.
A comissária não mencionou o destino do jornalista Roman Protassevich, embora, numa mensagem posterior, tenha alertado que só seria possível averiguar "todos os factos e passageiros a bordo" quando o avião aterrar na Lituânia, o que estava previsto acontecer às 21:19 locais (19:19 em Lisboa).
Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram tornou-se a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, viajava de Atenas para Vilnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou "totalmente inaceitável" a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair, que seguia de Atenas para Vílnius e sublinhou que "qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências".
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