"A direção em que estamos a evoluir é clara e muito positiva após o trauma dos 15 últimos meses, estamos finalmente a dar passos significativos para, mais uma vez, desfrutar de momentos normais com os nossos amigos e entes queridos", referiu Martin num discurso transmitido pela televisão.
Os bares e restaurantes poderão abrir apenas as suas esplanadas a 07 de junho, podendo começar a servir os clientes dentro das instalações a 05 de julho, acrescentou.
Os ginásios, cinemas e teatros também poderão reabrir a 07 de junho, havendo ainda a possibilidade de se abrirem também as portas à realização de grandes eventos.
Espera-se que as restrições a viagens internacionais sejam suspensas a 19 de julho, quando a Irlanda implementar o certificado digital Covid-19, recentemente aprovado pela União Europeia (UE).
Nessa data, o Governo irlandês alterará as regras para as viagens, passando a expressão "evitar viagens internacionais não essenciais" para "viajar com segurança e de acordo com os conselhos de saúde pública", explicou Martin, num comunicado.
Desde o início da epidemia, cerca de 5.000 pessoas morreram devido ao novo coronavírus na Irlanda, mas, agora, "o sentimento de esperança, entusiasmo e alívio é palpável", sublinhou Martin.
Com uma população de cerca de cinco milhões de habitantes, a Irlanda já administrou 2,6 milhões de doses de vacinas, acrescentou, saudando o facto de o país gozar "um dos níveis de confiança mais elevados na vacina do mundo".
Em 2020, a Irlanda superou as duas primeiras ondas da pandemia com poucas mortes e poucos casos de infeção. No entanto, foi duramente atingida pela terceira onda, sobretudo depois de relaxar as restrições durante a época natalícia.
Durante um período no início de janeiro, a Irlanda foi o país com o maior índice de contaminação do mundo, segundo dados da Universidade de Oxford.
Dublin voltou a impor restrições mais duras, que começaram a ser paulatinamente levantadas ao longo dos últimos meses.
"A continuação da evolução positiva não é inevitável. A mudança traz riscos. Estamos a observar o que está a acontecer no mundo e é claro que sabemos que devemos permanecer vigilantes diante do terrível vírus", declarou, cauteloso, face às "muitas reviravoltas" já ocorridas desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.513.088 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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