Chefe de operações do teleférico que caiu admite ter desativado o freio
O chefe de operações do teleférico no norte da Itália cuja queda matou 14 pessoas reconheceu que desativou o sistema de freios para solucionar uma anomalia, mas que nunca pensou que um cabo poderia romper-se.
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Mundo Itália
Esta explicação foi apresentada pelo seu advogado, Marcello Perillo, em declarações aos jornalistas italianos na quinta-feira, esclarecendo que Gabriele Tadini desconhecia o real risco desta decisão.
Gabriele Tadini está detido desde a madrugada de quarta-feira, quando foi preso junto com a proprietária da empresa "Ferrovie del Mottarone", que administra o teleférico, e o diretor, os três acusados de homicídio múltiplo intencional.
O Ministério Público e os Carabinieri ouvem desde terça-feira os depoimentos de todos os funcionários do teleférico que liga os municípios de Stresa e Mottarone, na região do Piemonte (norte).
A procuradora da Verbania, Olimpia Bossi, que está a conduzir as investigações, disse a 26 de maio que "os três detidos estavam cientes há semanas da falha no sistema de freio de segurança".
"Ele nem remotamente pensou que isso poderia acontecer", disse Perillo, acrescentando que Tadini "lamenta" e que nunca imaginava que "o cabo de tração poderia partir-se".
No passado dia 23 de maio, quando o cabo de aço da cabina acidentada se rompeu, o sistema de travagem não funcionou.
A cabina onde seguiam os passageiros e que estava a uma distância de cinco metros da estação de chegada acabou por deslizar, a uma velocidade de 100 quilómetros por hora, e foi projetada 54 metros, indo embater contra o solo onde capotou durante mais de uma dezena de metros.
O único sobrevivente do acidente é uma criança de cinco anos que perdeu os pais, um irmão e dois bisavôs.
A criança continua hospitalizada com um prognóstico reservado, embora tenha voltado a falar, ao acordar de um coma induzido.
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