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China pede à UE "mais compreensão" face a declínio nas relações

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, pediu hoje aos homólogos da Polónia, Hungria e Irlanda "mais compreensão", numa altura de declínio nas relações entre Pequim e a União Europeia (UE).

China pede à UE "mais compreensão" face a declínio nas relações
Notícias ao Minuto

13:27 - 31/05/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

Wang Yi reuniu, este fim de semana, na cidade de Guiyang, no sul da China, com o polaco Zbigniew Rau, o irlandês Simon Coveney e o húngaro Péter Szijjártó, além do sérvio Nikola Selakovic, cujo país não faz parte da UE.

"A China e a UE têm que melhorar o seu entendimento sob a premissa do respeito mútuo. Devemos eliminar as interferências e obstáculos para cooperar", disse Wang, durante o encontro com Rau, que garantiu que o acordo de investimento, alcançado entre as duas partes em dezembro passado, "é a melhor opção para ambos" e que é "necessário tratar as divergências com calma".

O Parlamento Europeu avisou, este mês, a China de que não ratificará o tão esperado acordo de investimento empresarial enquanto as sanções contra os deputados da UE permanecerem em vigor.

No encontro com Coveney, Wang enfatizou que espera que a Irlanda desempenhe um papel "positivo" no desenvolvimento das relações "saudáveis e estáveis" entre a China e a UE, informou a imprensa local.

Os emissários europeus encerraram hoje a visita oficial à China, iniciada no sábado.

As relações entre Pequim e Bruxelas começaram a deteriorar-se em março passado, quando a União Europeia impôs várias sanções a quatro altos funcionários chineses e uma entidade por alegadas violações dos Direitos Humanos na região de Xinjiang, extremo noroeste da China.

A China retaliou com sanções contra 10 europeus, incluindo cinco membros do Parlamento Europeu.

Wang destacou, no encontro com Selakovic, que os laços entre a China e a Sérvia - um dos principais aliados de Pequim no continente europeu - atingiram níveis "sem precedentes" e que os dois países devem "lutar ombro a ombro para se oporem a jogos de poder e de hegemonia", bem como "apoiarem-se na defesa de políticas externas soberanas e independentes".

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