"O Conselho da Federação condena firmemente o embargo económico, comercial e financeiro à República de Cuba imposto durante quase 60 anos pelos Estados Unidos", defende o Kremlin.
Os deputados salientaram que as sanções económicas desrespeitam "os fundamentos do sistema comercial multilateral" e aumentam as tensões das relações internacionais.
No contexto da pandemia de covid-19, Moscovo indica que as restrições aplicadas pelos EUA à ilha das Caraíbas "vão contra os esforços da comunidade internacional para combater esta perigosa doença".
Além disso, o Senado sublinha que estas ações contradizem o apelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao levantamento das sanções em tempos de pandemia que o líder fez ao G20 - grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo -, em 2020.
"O Conselho da Federação acredita que Washington deve aprender a respeitar a posição consolidada da comunidade mundial, mudar o seu comportamento e reconsiderar a política de restrições a Cuba, que há muito se tornou um fenómeno arcaico e um legado da Guerra Fria", reconhece o Senado russo.
De acordo com o Conselho, a anulação das sanções beneficiará não só os cubanos, mas também os norte-americanos, que se encontram privados da possibilidade de comunicação sem entraves com os seus familiares em Cuba.
O Conselho russo concluiu que existem 28 resoluções da ONU sobre a necessidade de pôr fim ao embargo de Cuba, o "que constitui uma prova sólida e irrefutável" do apoio internacional à ilha da América Central.
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