Os agentes da Polícia Federal possuem cinco mandados de busca e três mandados de prisão provisória contra os suspeitos de pirataria cibernética nos estados de Pernambuco, São Paulo e Goiás, no âmbito de uma operação autorizada pelo juiz do STF Alexandre de Moraes.
A investigação começou depois de técnicos do STF identificarem uma série de "comportamentos suspeitos" que indicavam que o sistema informático do tribunal estava sob "um ataque de 'hacker'" em 03 de maio, segundo um comunicado da Polícia Federal.
Durante as investigações, as autoridades brasileiras identificaram "os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados".
Os procedimentos realizados hoje também visam identificar outros possíveis "participantes" e saber o motivo dos ciberataques.
Os detidos responderão pelos crimes de "invasão de dispositivo eletrónico" e "associação criminosa", com penas que, juntas, podem chegar a cinco anos de prisão.
No último ano, várias instituições e empresas brasileiras sofreram ataques de computador que, em algumas ocasiões, desativaram seus serviços por vários dias.
Em março passado, outro 'hacker' foi preso, acusado de divulgar dados pessoais e fiscais de cerca de 223 milhões de brasileiros - vivos e mortos - incluindo os de várias autoridades públicas do país.
O Ministério da Saúde e o Tribunal Superior Eleitoral também sofreram ciberataques, assim como importantes empresas brasileiras como a Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, e a empresa JBS, uma das maiores produtoras de carne do mundo.