Deputado na assembleia regional da Irlanda do Norte, Paul Givan, de 39 anos, é um 'unionista' da linha dura, à semelhança do recém-eleito líder do partido ultraconservador a favor da manutenção do território sob a coroa britânica, Edwin Poots, que anunciou a decisão na rede social Twitter.
Em vez de assumir ele próprio a direção do Governo, que é partilhada com o Sinn Féin, Poots disse que iria nomear alguém para o cargo, enquanto ele se dedicaria ao partido na preparação para as eleições regionais de 2022.
O futuro líder da província britânica terá de gerir a questão altamente sensível das repercussões do Brexit, em particular do protocolo da Irlanda do Norte, uma disposição do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia denunciada pelos 'unionistas'.
Este texto visa evitar o restabelecimento de uma fronteira física entre a província britânica e a República da Irlanda, membro da UE, a fim de preservar a paz celebrada em 1998 após três décadas de violência entre 'unionistas' a favor da manutenção sob a coroa britânica e Republicanos a favor da reunificação da ilha.
Mas os 'unionistas' denunciam o protocolo por ter criado uma fronteira no mar da Irlanda devido aos controlos aduaneiros sobre as mercadorias que chegam à Irlanda do Norte provenientes do resto do Reino Unido.
Arlene Foster, que era líder desde 2015, foi afastada após uma moção de censura dentro do DUP não só devido às consequências do Brexit, solução que ela apoiou, mas também devido ao desagrado com a introdução iminente de legislação para legalizar o aborto e com o compromisso para autorizar o ensino da língua gaélica nas escolas.
Considerado um fundamentalista dentro do partido com raízes protestantes, Edwin Poots, rejeita a teoria da evolução e manifesta-se adepto do 'creacionismo', que sugere que o mundo foi criado 4.000 anos antes de Jesus Cristo.
A imprensa britânica noticiou que vários membros do DUP se desfiliaram recentemente devido a preocupações sobre a direção do partido desde a eleição de Poots no mês passado.