"Arranquem", gritou Putin, que assistia à cerimónia por videoconferência, depois de ter sido convidado pelo presidente da Gazprom, Alexeï Miller, para dar a ordem de início das operações da primeira linha de produção da Amur Gas Processing Plant (GPP), apresentada como uma das maiores unidades de processamento de gás no mundo.
"O custo do projeto representa mais de 1.000.000 milhões de rublos (11.400 milhões de euros, ao câmbio atual)", indicou Putin, precisando que a infraestrutura ocupa uma superfície de 900 hectares e que a última fase da construção do projeto terminará em 2024 ou 2025.
A fábrica tem ligação ao gasoduto Power of Siberia, abastecendo-o também com gás.
Segundo a empresa, prevê-se que possam ser tratados anualmente 42.000 milhões de metros cúbicos de gás, transformando-o em hélio, etano, propano ou butano, entre outros.
Os produtos destinam-se na quase totalidade à China, mas também a uma fábrica do grupo petroquímico Sibur, em construção nas proximidades, que transformará esses gases em polímeros, grânulos usados no fabrico de produtos plásticos, que terão, depois, o mesmo destino.
Putin acrescentou que na construção da unidade de processamento de gás estiveram envolvidos cerca de 35.000 trabalhadores de empresas da Rússia, Turquia, China, Índia, Itália, Alemanha, Croácia, Sérvia, Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão.
O complexo está situado junto ao rio Amur, que marca a fronteira com a China, numa região totalmente voltada para o seu vizinho oriental no âmbito da estratégia russa de "pivô para o Leste", acentuada desde a tensão nas relações com o Ocidente, em 2014.
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