Teerão disponibilizou o mínimo exigido para recuperar esse direito, disse aos jornalistas Farhan Haq, porta-voz da ONU.
Os não pagamentos foram motivados pelas dificuldades em efetuar operações financeiras nos Estados Unidos -- onde a ONU possui a sede central -- devido às sanções que Washington impôs ao país do Médio Oriente.
Nos últimos meses as duas partes tentaram procurar fórmulas para permitir a concretização desses pagamentos, e a ONU disse que vários bancos e governos colaboraram para que o problema fosse solucionado.
"As sanções ilegais dos Estados Unidos não apenas privaram o nosso povo de medicamentos, mas também impediram ao Irão que pagasse as nossas contas em atraso na ONU. Após mais de seis meses de diligências, a ONU anunciou hoje que recebeu os fundos", assinalou na rede social Twitter o embaixador iraniano nas Nações Unidas, Majid Takht Ravanchi, que exigiu o levantamento imediato das sanções.
As normas da ONU estabelecem a perda do direito de voto na Assembleia geral para os Estados-membros que têm pendentes o pagamento para o orçamento da organização numa quantia igual ou superior às contribuições que lhes correspondiam nos anos anteriores.
Para além do Irão, em 2021 encontravam-se nessa situação a República Centro Africana, Comoros, São Tomé e Príncipe e Somália.
As regras da ONU permitem que a própria Assembleia aprove exceções para os Estados-membros confrontados com situações extraordinárias.
Os países aceitaram que Comoros, São Tomé e Príncipe e Somália mantenham o seu direito de voto durante o atual período de sessões da Assembleia, apesar do não pagamento das suas contribuições.
O Irão já votou hoje na eleição de novos membros não permanentes do Conselho de Segurança.
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