UE reivindica liderança ao convencer G7 a acelerar vacinação mundial
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou hoje satisfação por os países do G7 terem seguido a "liderança" da União Europeia (UE) e aceite acelerar a produção e distribuição mundial de vacinas anti-covid-19.
© Reuters
Mundo G7
"A prioridade era garantir que podemos satisfazer a procura de vacinas e aqui a UE assumiu a liderança. Parceiros juntaram-se agora a nós para acelerar a produção e distribuição de vacinas em todo o mundo", declarou no último dia da cimeira que decorreu em Carbis Bay, no sudoeste de Inglaterra.
O G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) espera atingir a meta de doar mil milhões de doses até ao próximo ano, com os Estados Unidos a prometerem 500 milhões e o Reino Unido outros 100 milhões.
A UE considera-se a "farmácia do mundo" tendo em conta que exportou quase metade das 700 milhões de doses produzidas no seu espaço desde dezembro para mais de 90 países, ao contrário de outros grandes produtores como os EUA e Reino Unido.
Num vídeo publicado na rede social Twitter, Michel saudou também a união entre países com "democracias liberais e sociedades abertas" perante a pressão de regimes autoritários, uma referência velada à China e Rússia, que Bruxelas tem criticado regularmente.
Esta união, disse, oferece capacidade para "responder sob pressão ou ataque, mas também para difundir os nossos valores de liberdade, Estado de Direito e respeito pelos direitos humanos".
Por fim, Michel enfatizou o compromisso da UE com África na cimeira do G7, onde Michel disse que foi possível unificar as posições dos países europeus e "convencemos os nossos parceiros a mobilizar mais fundos" para o continente.
Os líderes dos países industrializados planeiam anunciar novos planos de financiamento climático para ajudar os países mais pobres a reduzir as emissões de carbono e adaptarem-se ao impacto das alterações climáticas.
O plano 'Reconstruir Melhor para o Mundo' pretende garantir fundos para infraestruturas essenciais, desde ferrovias em África a parques eólicos na Ásia.
Além da União Europeia, presença habitual nas cimeiras do G7, desta vez foram convidadas a Índia, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul para reforçar o apoio do grupo a outras democracias.
A reunião, a primeira presencial em dois anos devido à pandemia covid-19, foi organizada pelo Reino Unido, que teve este ano a presidência rotativa, a qual estará a cargo da Alemanha em 2022.
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