"Peço desculpa a todos os que foram afetados por estes abusos de poder e espero que as ações que tomámos demonstrem a nossa determinação em abordar todas as formas de conduta indevida", afirmou o diretor executivo da Oxfam, Danny Sriskandarajah, numa declaração hoje emitida e citada pela agência noticiosa Efe.
De acordo com a organização, a investigação confirmou as alegações de nepotismo contra os três funcionários despedidos e as alegações de "conduta sexual imprópria" contra dois deles.
Por outro lado, as alegações de 'bullying' e assédio e de relações inadequadas e "incapacidade de gerir conflitos de interesse" foram dadas como provadas para um dos funcionários.
Segundo a Oxfam, além dos três trabalhadores de ajuda humanitária agora despedidos, as alegações confirmadas incluem uma quarta pessoa, que tinha sido suspensa durante a investigação e cujo contrato expirou antes do fim do processo disciplinar.
A Oxfam lançou uma investigação externa após ter sido acusada, entre outros organismos, por cerca de meia centena de mulheres congolesas que alegaram, no final do ano passado, terem sido abusadas sexualmente durante a epidemia de Ébola no nordeste da RDCongo, que teve início em 2018.
Em abril, a Oxfam tinha já anunciado o despedimento de dois trabalhadores na RDCongo como parte da investigação lançada em novembro, dizendo que estava a trabalhar de "forma justa, segura e eficaz".
A ONG britânica foi expulsa do Haiti em 2018 depois de ter sido revelado que os diretores tinham realizado orgias com prostitutas após o terramoto que atingiu o país em 2010.
Em 2019, a Comissão de Caridade do Reino Unido, que atua como regulador das instituições de caridade britânicas, revelou que a organização não investigou devidamente estas alegações de exploração sexual.
Leia Também: Oxfam recomenda a Joe Biden que normalize as relações com Cuba