A situação a bordo começava a ser preocupante devido aos muitos dias e ao elevado número de migrantes resgatados e, nesta quarta-feira, a organização não-governamental (ONG) insistiu na urgência de um porto seguro.
O Geo Barents, o único navio humanitário atualmente a realizar salvamentos no Mediterrâneo Central, realizou sete operações de resgate em apenas 48 horas.
Entre os migrantes que viajam a bordo estão 10 mulheres, uma delas grávida, além de 91 menores.
Os migrantes vêm de 21 países, incluindo Síria, Bangladesh, Etiópia, Eritreia e Sudão.
"Após sete dias do seu primeiro resgate, a Geo Barents recebeu um POS (porto seguro) para os 410 sobreviventes. Finalmente desembarcarão em segurança em Augusta, de acordo com o direito marítimo internacional. Um resgate é considerado concluído apenas quando as pessoas desembarcam num local seguro", relatou a ONG nas suas redes sociais.
Neste momento, não existem navios humanitários no Mediterrâneo central, já que as autoridades italianas mantêm bloqueados por supostas irregularidades os navios Sea Eye 4, o Alan Kurdi, os Sea Watch 3 e 4 e o Open Armas, que está há nove semanas no porto siciliano de Pozzallo (sul).
As autoridades italianas poderão forçar a tripulação do navio de MSF a um período de quarentena de 10 a 15 dias após a chegada a Augusta.