A decisão foi anunciada pelo gabinete do primeiro-ministro israelita, Naftali Bennet, e enquadra-se num conjunto de novas medidas que pretendem travar o avanço de uma possível nova vaga de infeções pelo novo coronavírus SARS-Cov-2 no país.
As novas medidas incluem, por exemplo, o aumento das coimas por violação do período de quarentena, um reforço da capacidade de monitorização das cadeias de contágio e novas campanhas informativas.
Estas medidas surgem num contexto de preocupação em relação à variante Delta, inicialmente detetada na Índia e caracterizada como mais resistente e mais transmissível.
"Neste momento, o nosso objetivo, em primeiro lugar, é proteger os cidadãos de Israel da desenfreada variante Delta", afirmou Naftali Bennet, durante uma reunião com membros do executivo israelita e especialistas.
Na mesma reunião, o primeiro-ministro israelita, que tomou posse este mês, frisou, no entanto, que a estratégia que vai ser adotada pretende não alterar em muito a vida da população.
Israel contabilizou hoje, pelo segundo dia consecutivo, mais de 100 novos contágios, um número que não era registado há vários meses e que está a ser associado à entrada no país da nova variante do SARS-Cov-2 através do estrangeiro.
Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde israelita, o país tem atualmente 554 casos ativos da doença covid-19, dos quais 26 são doentes em estado grave.
Muitos dos infetados com a nova variante são pessoas que já estavam vacinadas contra a covid-19, situação que está a fazer soar os alarmes no país, que se tornou nos primeiros meses do ano num dos líderes mundiais da vacinação contra a doença.
No país, que conta com uma população na ordem dos nove milhões de habitantes, mais de cinco milhões de pessoas foram vacinadas e a pandemia parecia estar controlada.
Na semana passada, as autoridades israelitas tinham decretado o levantamento da obrigação do uso de máscara de proteção individual em ambientes fechados.
Caso o número de novas infeções não diminuir no país, as autoridades israelitas já avisaram que o uso da máscara em ambientes fechados será novamente imposto.
O Ministério da Saúde israelita também está a recomendar que a vacinação de menores com idades compreendidas entre os 12 a 15 anos seja acelerada, uma vez que uma parte importante dos novos casos estão a ser detetados em escolas.
A entrada de estrangeiros com visto de turista está proibida no país desde o início da pandemia, em março de 2020.
No mês passado, foi autorizada a entrada de grupos de turistas vacinados, integrados em viagens organizadas por órgãos autorizados e sob rígidas medidas de prevenção.
A pandemia da doença covid-19 provocou, pelo menos, 3.884.538 vítimas mortais em todo o mundo, resultantes de mais de 179 milhões de casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o mais recente balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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