UE considera presidenciais no Peru livres e democráticas
A União Europeia (UE) considerou que as eleições presidenciais no Peru foram livres e democráticas, e expressou confiança na resolução, dentro da legalidade vigente, do conflito entre os dois candidatos.
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Mundo Peru
A mensagem foi divulgada, na quinta-feira, nas redes sociais da representação da UE no Peru, numa altura em que a candidata de direita Keiko Fujimori, derrotada pelo candidato de esquerda Pedro Castillo, continua a denunciar, sem apresentar provas credíveis, a existência de fraudes.
"Confiamos nas autoridades eleitorais para a solução dos litígios pendentes nos canais legais estabelecidos", indicou a representação, numa referência aos recursos interpostos por Fujimori para anular cerca de 200 mil votos que denunciou como fraudulentos.
Também os Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) tinham afastado a possibilidade de fraude nas presidenciais peruanas e felicitaram o país por um processo eleitoral que foi, para o Departamento de Estado norte-americano, "um modelo de democracia na região".
As presidenciais no Peru foram "eleições livres, justas, acessíveis e pacíficas, incluindo no contexto dos imensos desafios colocados pela pandemia de covid-19", acrescentou a administração norte-americana, que concordou que os resultados eleitorais só sejam publicados oficialmente depois de resolvidos todos os recursos.
Também a OEA, com a missão de observação eleitoral mais numerosa entre todos os organismos internacionais que supervisionaram as presidenciais, afirmou não terem existido irregularidades graves.
Fujimori denunciou uma alegada "fraude sistemática" no dia seguinte à votação, quando as primeiras contagens apontavam para uma terceira derrota consecutiva numa segunda volta das presidenciais, depois das registadas em 2011 contra Ollanta Humala e em 2016 contra Pedro Pablo Kuczynski.
A candidata de direita pediu de imediato a anulação de cerca de 200 mil votos das zonas andinas, rurais e pobres do país, onde Castillo ganhou.
Até agora, todos os recursos analisados pelas autoridades eleitorais foram declarados sem fundamento, mas a publicação oficial dos resultados foi suspensa até à conclusão deste processo.
Terminada a contagem das presidenciais, Castillo obteve 50,12% dos votos válidos e mais 44 mil do que Fujimori.
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