"Temos registado algum aumento de números de casos e é preciso ser cautelosos com algumas medidas", disse Plácido Cardoso, secretário do Alto Comissariado para a Covid-19, na conferência de imprensa semanal sobre a evolução da doença no país.
O médico guineense salientou que depois de semanas em que foram detetados apenas cinco casos, a Guiné-Bissau registou nas últimas três semanas um aumento de infetados.
Plácido Cardoso afirmou que está a ser feito um estudo para ver que variantes estão a circular no país, mas manifestou preocupação por a variante Delta estar a circular em Portugal e na Gâmbia, países com os quais a Guiné-Bissau tem uma forte movimentação de pessoas.
"Há um aumento de casos em Portugal, na Europa, e em alguns países de África e naturalmente impõem-se um não baixar da guarda", afirmou, salientando que o alto comissariado vai aumentar a testagem no país para perceber a "real situação da pandemia".
As autoridades guineenses mantiveram a semana passada o país em estado de alerta, mas apenas por um período de 15 dias, para ver a evolução dos casos.
Questionado sobre se já tinham datas para a chegada de mais vacinas contra a covid-19 ao país, o médico guineense disse que não, mas que continuam a ser feitos contactos.
"Estamos a trabalhar em várias frentes para termos mais disponibilidade de vacinas", assegurou.
Na Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, pouco mais de 20.000 pessoas levaram a primeira dose da vacina.
Os últimos dados divulgados pelo alto comissariado indicam que a Guiné-Bissau registou desde o início da pandemia um total acumulado de 3.846 casos e 69 vítimas mortais.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 mortos em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.084 pessoas e foram confirmados 874.547 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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