"Estão montadas 182.000 camas e 151.000 pacientes estão a ser tratados", disse Murashko, numa reunião do Governo dedicada a um surto da pandemia do novo coronavírus causado pela variante Delta.
"A situação é tensa, especialmente nas grandes cidades", acrescentou o ministro, que afirmou também que a campanha de vacinação começou a acelerar de novo, após registar um atraso devido à desconfiança da população russa em relação às vacinas.
Muitas regiões na Rússia, confrontadas com uma terceira vaga da pandemia desde meados de junho, tornaram a vacinação obrigatória para certos grupos populacionais.
O ministro da Saúde concluiu por confirmar que 23 milhões do total de 146 milhões de habitantes, já tinham sido imunizados com, pelo menos, uma dose da vacina e que o país ainda tem doses suficientes para vacinar mais 32 milhões.
Em Moscovo, epicentro desta terceira vaga da pandemia, a situação permanece "extremamente difícil", afirmou o presidente da Câmara, Sergei Sobyanin, relatando que quase 15.000 camas foram ocupadas, com uma proporção significativa de pacientes em estado grave ou muito grave e em cuidados intensivos.
O Governo russo anunciou hoje 652 mortes com covid-19 nas últimas 24 horas, o número diário mais elevado desde o início da pandemia, atribuído ao surgimento da variante Delta.
O país registou 20.616 novas contaminações nas últimas 24 horas.
No total, a pandemia causou 134.545 mortos na Rússia, que se tornou o país europeu mais afetado em termos de óbitos, de acordo com estatísticas do Governo.
Contudo, a agência de estatísticas Rosstat, que tem uma definição mais abrangente de mortes ligadas à covid-19, registou cerca de 270.000 mortes, no final de abril.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.932.561 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.357.670 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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