Numa publicação na rede social Twitter com os mais recentes números da vacinação na UE, o executivo comunitário precisa que 61% da população da UE recebeu pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19, o equivalente a 359,6 milhões de vacinas administradas de um total de 433,3 milhões de doses entregues no espaço comunitário.
"Os nossos esforços estão a dar frutos e mais europeus estão protegidos todos os dias", adianta a instituição.
Partilhando tal informação, o porta-voz da Comissão Europeia para a área da Saúde, Stefan De Keersmaecker, observa que, "se cada dose equivaler a um cubo minúsculo de um centímetro", está em causa "uma fila de 4.333 quilómetros", que é "aproximadamente a distância entre Tallinn [capital da Estónia] e Lisboa".
Atualmente estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 na UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como também aconteceu com a vacina da norte-americana Johnson & Johnson.
No caso da AstraZeneca, a farmacêutica foi obrigada judicialmente (por um tribunal belga) a cumprir os prazos de entrega de vacinas à UE.
A ferramenta 'online' do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) para rastrear a vacinação na UE, que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que até ao momento uma média de 38,8% da população adulta da UE já foi inoculada com duas doses de vacina contra a covid-19, enquanto cerca de 60,6% dos adultos europeus recebeu a primeira dose.
Ainda de acordo com o ECDC, 142 milhões de europeus têm já o esquema de vacinação concluído, enquanto 221 milhões de adultos da UE receberam pelo menos uma dose da vacina.
Apesar dos progressos na vacinação, o ECDC pediu na quarta-feira que os países acelerem os programas de vacinação devido à rápida propagação da variante Delta (inicialmente detetada na Índia) no espaço comunitário.
Num relatório divulgado há uma semana, o ECDC estimou que a variante Delta do SARS-CoV-2 seja responsável por 90% das novas infeções na Europa até final de agosto e por um aumento nos internamentos e mortes, pedindo avanços rápidos na vacinação na UE.
Isto porque, segundo o ECDC, "aqueles que receberam apenas a primeira dose - de um processo de vacinação de duas - estão menos protegidos" contra a mais transmissível variante Delta.
"No entanto, a vacinação completa proporciona proteção", adiantou a agência europeia.
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