Rússia rejeita agravamento de restrições apesar de vaga severa

O Kremlin descartou hoje a possibilidade de agravar as medidas de luta contra a pandemia de covid-19, apesar da nova vaga, onde prevalece a variante Delta, que atinge severamente a Rússia.

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Lusa
02/07/2021 13:16 ‧ 02/07/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Ninguém quer confinamentos. E para que não haja, devemos todos ser vacinados o mais depressa que seja possível", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.

Pelo quarto dia consecutivo, nas últimas 24 horas a Rússia registou um novo recorde de mortes diárias com o novo coronavírus, com 679 óbitos, e 23.218 novas infeções, o mais elevado número desde meados de janeiro.

O Governo russo decretou o confinamento geral, na primavera de 2020, durante a primeira vaga da pandemia, mas as autoridades recusaram voltar a introduzir essa medida, com o objetivo de proteger a economia.

"A situação é obviamente tensa em várias regiões", admitiu Dmitry Peskov, assegurando que as autoridades trabalham "intensamente" para lutar contra "um inimigo traiçoeiro, o novo coronavírus e as suas novas variantes".

A capital, Moscovo, principal foco da pandemia, e a segunda cidade do país, São Petersburgo, registaram 112 e 101 mortes, respetivamente, nas últimas 24 horas - níveis próximos dos seus recordes, estabelecidos no início da semana.

As autoridades, no entanto, mantiveram a realização hoje em São Petersburgo do jogo dos quartos-de-final do Campeonato Europeu de Futebol, entre Espanha e Suíça, que vai reunir milhares de adeptos, incluindo estrangeiros.

A Rússia sofreu desde meados de junho uma nova vaga da pandemia de covid-19, ao mesmo tempo que a campanha de vacinação está a ser lenta, com apenas 23,6 milhões das 146 milhões de pessoas vacinadas, 16% da população.

Com a população a revelar elevados níveis de resistência à vacinação, as autoridades tomam medidas para incentivar os russos a receberem as doses do fármaco, com a introdução de um passe de saúde que é obrigatório para ter acesso a restaurantes na capital.

Moscovo também lançou uma campanha de nova vacinação, na quinta-feira, para aqueles que receberam as duas primeiras doses há mais de seis meses, para fortalecer as defesas contra as novas variantes.

Apelando mais uma vez para que seus concidadãos sejam vacinados, o Presidente Vladimir Putin pediu na quarta-feira para que as pessoas "ouçam os especialistas" e não os rumores sobre as vacinas contra a covid-19, enquanto se opõe a uma obrigação nacional de vacinação.

Em todo o país, a pandemia já infetou mais de 5,5 milhões de pessoas, incluindo 136.565 mortos, segundo dados oficiais.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Rússia volta a registar recorde de mortes por Covid-19

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