"Acreditamos que podemos estar a caminho da quinta vaga em todo o país", disse Hassan Rohani, numa reunião do Comité Nacional da luta contra o vírus, acrescentando que nas províncias do sul será preciso ter mais "cuidado, porque a variante Delta já se espalhou".
Segundo a agência France-Presse (AFP), o Irão é o país do Próximo e Médio Oriente mais afetado pela pandemia da covid-19. A doença já provocou mais de 84 mil mortos de um total de mais de 3,2 milhões de pessoas infetadas, de acordo com os últimos números oficiais, grande parte subavaliados pelas próprias autoridades.
De acordo com o Ministério da Saúde, as províncias de Sistan-Baluchistão, Kerman, Hormozgan e Fars, localizadas no sul e sudeste do país, estão classificadas como "vermelhas", o maior nível de risco epidemiológico, segundo o código de cores adotado pelas autoridades para medir o risco de propagação do vírus.
Em Teerão, dez cidades, incluindo a capital, têm também a classificação de "vermelhas".
Estrangulado pelas sanções americanas, Teerão reclama que não pode importar vacinas suficientes para proteger a sua população, devido às dificuldades em fazer pagamentos aos fornecedores no exterior.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 4,4 milhões de pessoas (de um total de 83 milhões de habitantes) receberam a primeira dose da vacina desde o início da campanha de vacinação em fevereiro. Apenas 1,7 milhão de iranianos receberam as duas doses necessárias.
"Se Deus quiser, a situação irá melhorar em termos de vacinação a partir da próxima semana. A vacinação será mais extensa", prometeu Rohani.
As autoridades anunciaram, recentemente, que aprovaram o uso de "emergência" de duas vacinas fabricadas localmente, que ainda não obtiveram autorização de comercialização.
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