As principais vítimas são mulheres, com a violência que as atinge a representar 79% daqueles custos.
"A vida humana, a dor e sofrimento não têm preço. Contudo, saber o custo da violência pode ajudar os Estados da União Europeia a enviar o dinheiro para onde ele faz falta -- e onde é mais efetivo. O dinheiro gasto no apoio às vítimas não é suficiente, com os serviços como os abrigos a representarem apenas 0,4% do custo da violência baseada no género", segundo esta agência da UE, baseada em Vílnius.
Para a sua diretora, a holandesa Carlien Scheele, "os Estados da UE precisam de investir mais em atividades que previnam a violência contra as mulheres e protejam as vítimas, o que é tanto um imperativo moral, como boa economia".
O estudo do EIGE diferencia os custos, com a maior parte destes (56%) a ser afetada ao impacto emocional e físico, seguido pelos serviços de justiça criminal (21%) e produção económica perdida (14%). Outros custos podem incluir serviços de justiça civil, relativos por exemplo a procedimentos de divórcio e custódia dos filhos, ajudas domiciliárias e proteção de menores.
Para os seus cálculos, o EIGE baseou-se em informação extrapolada do Reino Unido.
O documento, que inclui uma revista das metodologias existentes, vai ser divulgado em agosto.
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