Blinken em reunião virtual com muçulmanos uigur detidos na China

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encontrou-se virtualmente na terça-feira com muçulmanos uigur para ouvir as suas experiências de detenção em campos na região de Xinjiang, no noroeste da China.

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Lusa
07/07/2021 06:27 ‧ 07/07/2021 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

 

Segundo nota do Departamento de Estado, Blinken queria ouvir diretamente os sete ex-reclusos, parentes de outros detidos e ativistas, sobre as condições que eles e a comunidade uigur em geral enfrentam.

"O secretario (Blinken) achou importante reunir-se com esses indivíduos para ouvir em primeira mão as suas histórias, a sua impressão sobre as atrocidades em curso em Xinjiang e a reclusão de um milhão de uigures", disse o porta-voz do departamento, Ned Price.

"Além disso, é uma oportunidade para esses participantes oferecerem qualquer recomendação que possam ter", adiantou Price.

A China está sob severas críticas e sanções internacionais por deter mais de 1 milhão de uigures e outras minorias para reeducação política em Xinjiang.

Price sublinhou que a reunião mostrou continuidade na política norte-americana sobre o assunto entre as administrações amplamente divergentes de Joe Biden e Donald Trump.

Ambas as administrações classificaram a campanha em Xinjiang como um "genocídio" e impuseram sanções à China por abusos dos direitos humanos.

O ex-secretário de Estado Mike Pompeo reuniu-se várias vezes com ex-detidos uigur, enquanto foi chefe da diplomacia norte-americana.

"Os Estados Unidos falaram muito clara e consistentemente sobre os abusos, sobre as atrocidades, sobre o genocídio em curso em Xinjiang", disse Price.

"Conforme julgarmos apropriado, creio que usaremos ferramentas adicionais para agir contra os funcionários responsáveis pelo que aconteceu" na provincia chinesa, adiantou.

Desde a administração Trump, os EUA aumentaram constantemente a pressão sobre a China em várias frentes, nomeadamente sobre a repressão em Xinjiang e a repressão à dissidência política e aos direitos humanos em Hong Kong.

As medidas incluem proibições de viagens, sanções financeiras e restrições comerciais às importações chinesas para os EUA.

 

Leia Também: EUA expressam "grande preocupação" junto de primeiro-ministro etíope

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