Segundo nota do Departamento de Estado, Blinken queria ouvir diretamente os sete ex-reclusos, parentes de outros detidos e ativistas, sobre as condições que eles e a comunidade uigur em geral enfrentam.
"O secretario (Blinken) achou importante reunir-se com esses indivíduos para ouvir em primeira mão as suas histórias, a sua impressão sobre as atrocidades em curso em Xinjiang e a reclusão de um milhão de uigures", disse o porta-voz do departamento, Ned Price.
"Além disso, é uma oportunidade para esses participantes oferecerem qualquer recomendação que possam ter", adiantou Price.
A China está sob severas críticas e sanções internacionais por deter mais de 1 milhão de uigures e outras minorias para reeducação política em Xinjiang.
Price sublinhou que a reunião mostrou continuidade na política norte-americana sobre o assunto entre as administrações amplamente divergentes de Joe Biden e Donald Trump.
Ambas as administrações classificaram a campanha em Xinjiang como um "genocídio" e impuseram sanções à China por abusos dos direitos humanos.
O ex-secretário de Estado Mike Pompeo reuniu-se várias vezes com ex-detidos uigur, enquanto foi chefe da diplomacia norte-americana.
"Os Estados Unidos falaram muito clara e consistentemente sobre os abusos, sobre as atrocidades, sobre o genocídio em curso em Xinjiang", disse Price.
"Conforme julgarmos apropriado, creio que usaremos ferramentas adicionais para agir contra os funcionários responsáveis pelo que aconteceu" na provincia chinesa, adiantou.
Desde a administração Trump, os EUA aumentaram constantemente a pressão sobre a China em várias frentes, nomeadamente sobre a repressão em Xinjiang e a repressão à dissidência política e aos direitos humanos em Hong Kong.
As medidas incluem proibições de viagens, sanções financeiras e restrições comerciais às importações chinesas para os EUA.
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