Numa visita ao país mediterrânico, Ursula von der Leyen não deu muitos pormenores sobre como a Frontex poderá ajudar, indicando apenas que o Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo poderá intensificar os seus esforços para ajudar o Chipre a agilizar os pedidos de asilo.
Autoridades cipriotas dizem que o país está no limite, numa altura em que o número de migrantes que solicitaram ou já receberam proteção internacional em Chipre ascende a 4% da população.
Dados da UE mostram que a grande maioria dos 4.437 migrantes que chegaram a Chipre este ano vieram do norte da ilha, da República Turca de Chipre do Norte, estado de facto apenas reconhecido pela Turquia. Muitos migrantes voam da Turquia para o norte de Chipre e depois atravessam a zona tampão controlada pela ONU para chegar ao sul da ilha e ao país membro da União.
O número de desembarques representa um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Chipre já pediu à Frontex para ajudar a evitar a chegada de migrantes da Turquia e à Comissão Europeia para ajudar a realojar noutros países do bloco um "número significativo" de sírios que receberam proteção internacional.
Nicósia considera que Ancara ignorou a ilha na aplicação do seu acordo de 2016 com Bruxelas para impedir o fluxo de migrantes para a UE.
Von der Leyen disse que a União está a negociar um novo acordo migratório com a Turquia, que incluirá uma cláusula de devolução dos migrantes sem direito de asilo.
Os dirigentes europeus aprovaram no mês passado dar à Turquia outros três mil milhões de euros nos próximos anos para a assistência aos refugiados sírios no país e o reforço do controlo nas fronteiras.
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