De acordo com o jornal britânico Financial Times (FT), a Administração Biden deverá impor mais sanções e emitir o alerta, durante a semana, em resposta à repressão de Pequim sobre o movimento pró-democracia de Hong Kong e ao genocídio que os EUA acreditam que o governo chinês cometeu contra os muçulmanos uigures, em Xinjiang.
As ameaças norte-americanas incluem o acesso do governo liderado por Xi Jinping a dados de empresas estrangeiras armazenados em Hong Kong e uma lei pune qualquer pessoa que aplique sanções estrangeiras contra grupos chineses, segundo fontes próximas do processo.
"O objetivo do aviso [dos EUA] é enfatizar [que] se não se sai destas cadeias de abastecimento, corre-se o risco de violar a lei norte-americana", disse ao FT um funcionário estatal, que não quis ser identificado.
O aviso do Presidente dos EUA, Joe Biden, destaca os riscos legais enfrentados pelas empresas norte-americanas, reforçando que estas devem garantir que as suas cadeias de abastecimento não se envolvam em trabalhos forçados em Xinjiang.
A decisão foi motivada, em parte, pelo facto das empresas não estarem a levar o assunto com seriedade.
Uma fonte dentro do processo, segundo o FT, admitiu a existência de divergências no governo dos EUA, uma vez que alguns funcionários consideram que o alerta desencorajaria as empresas norte-americanas em operar num grande centro financeiro.
Na semana passada, o Departamento de Comércio dos EUA adicionou 14 empresas chinesas à sua lista negra de exportações, acusando-as de envolvimento em casos de abusos de Direitos Humanos e vigilância em Xinjiang, enquanto Pequim prometeu responder com as "medidas necessárias".
Leia Também: EUA. Incêndios em Estados do Oeste destroem casas e põem milhares em fuga