De acordo com o livro dos repórteres Carol Leonnig e Philip Rucker, Mark Milley terá feito planos para impedir o golpe, caso acontecesse.
A retórica pré-eleitoral de Trump alarmou Milley e outros generais, que decidiram preparar-se para "inimaginável", refere o livro "I Alone Can Fix It: Donald J. Trump's Catastrophic Final Year" ("Eu Sozinho Resolvo: O Último Ano Catastrófico de Donald J. Trump", em tradução livre"), que será publicado na próxima semana.
"Eles podem tentar, mas não vão ter sucesso", disse o general aos seus miltares, de acordo com o livro. "Você [Donald Trump] não pode fazer isso sem os militares, não pode fazer isso sem a CIA e o FBI. Nós somos os homens com as armas", acrescentou.
Depois das eleições de novembro do ano passado, Donald Trump recusou-se a aceitar a vitória do atual Presidente, Joe Biden, e a preocupação de Mark Milley e dos militares aumentou mais.
Na ocasião, o general chegou a dizer que, com as suas mentiras sobre as eleições, o antigo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) estava a espalhar o "evangelho do Führer", referindo-se a Adolf Hitler.
Em resposta, Donald Trump emitiu um comunicado a atacar Milley, dizendo que as alegações sobre o golpe são "ridículas".
"Se eu desse um golpe, uma das últimas pessoas com quem gostaria de o fazer seria o general Mark Milley", disse o ex-Presidente.
Donald Trump insistiu que não teria usado militares para tomar o controlo do governo, após a derrota nas eleições.
No comunicado, Trump explicou que "não gosta de golpes" e "nunca ameaçou ou falou com ninguém sobre um golpe" no governo norte-americano.
O livro "I Alone Can Fix It: Donald J. Trump's Catastrophic Final Year" examina os caóticos dias finais da Administração Trump, o ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro, e rejeição do Presidente cessante em aceitar o resultado das eleições presidenciais.
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