"As primeiras doses vão ser enviadas para a Etiópia, Djibouti e Burkina Faso", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jalina Porter.
A distribuição será feita em 49 países em conjunto com a União Africana (UA).
De acordo com a Casa Branca, Djibouti e Burkina Faso vão ter direito, cada um, a 151.200 doses da vacina Johnson&Johnson, que é de apenas uma inoculação, enquanto a Etiópia vai receber 453.600.
"Os Estados Unidos [da América] têm uma parceria com os países da África subsariana, de há décadas, trabalhando ao lado de governos africanos, instituições regionais, sociedade civil e outros para promover oportunidades e enfrentar os desafios globais", diretora sénior do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, Dana Banks.
As organizações não governamentais (ONG), segundo agência noticiosa AP, elogiaram a iniciativa de Joe Biden para iniciar a distribuição de vacinas em África, mas alertaram que as doses não estão a chegar a tempo para retardar os surtos mortais.
"À medida que muitos países ricos voltam ao normal, África está a voltar ao confinamento. Muitos casos [de infeção] e mortes poderiam ser evitados por uma coisa: acesso às vacinas. O anúncio do governo de Biden é um bom passo, mas a realidade é que África precisa de 200 milhões de doses até o final de setembro para conter a crise", disse o diretor executivo interino da ONG ONE Campaign, Tom Hart.
Numa fase inicial, as remessas de vacinas farão parte de um fornecimento de 80 milhões de doses, que Joe Biden havia prometido enviar para outros países no mundo, até ao final de julho, embora tenham sido retardadas por obstáculos de reguladores e logísticos dos destinatários.
O fornecimento de vacinas faz parte de um plano dos EUA para comprar e doar 500 milhões de doses para outras nações.
Até ao momento, de acordo com a AP, os EUA já enviaram mais de 53 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para mais de 30 países e territórios.
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