Posser da Costa promete "tudo fazer" para esclarecer resultados
O candidato às presidenciais em São Tomé e Príncipe Guilherme Posser da Costa comprometeu-se hoje a "tudo fazer" para procurar esclarecimentos sobre queixas de outras candidaturas sobre os resultados das eleições disputadas no domingo.
© Lusa
Mundo São Tomé e Príncipe
"Vejo com alguma preocupação esta polémica à volta dos resultados eleitorais e a nossa candidatura tudo fará para que realmente possam ser esclarecidas todas as eventuais reclamações que têm sido feitas por outras candidaturas", comentou hoje Posser da Costa, na primeira reação após a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) ter divulgado esta segunda-feira os resultados provisórios.
Segundo esses dados, Posser da Costa (apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata, no poder) foi o segundo classificado, com 20,75% (16.829 votos), e passa à segunda volta com Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição) que alcançou 39,47% dos votos (32.022 votos).
"É absolutamente necessário, para nós consolidarmos a nossa democracia, que os atos eleitorais sejam realmente transparentes e que não haja qualquer tipo de suspeição relativamente aos resultados eleitorais", disse hoje Posser da Costa, que se escusou a comentar as reclamações apresentadas por adversários.
Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional e apoiado pelo Partido da Convergência Democrática (no poder), ficou em terceiro lugar, com 16,88% (13.691 votos), e já denunciou o que disse ser uma "fraude massiva", anunciando que iria pedir a recontagem dos votos.
Por outro lado, Vila Nova afirmou ter dados que indicavam que a sua votação teria sido superior a 50%, o que lhe permitiria ter sido eleito Presidente da República à primeira volta.
Posser da Costa disse hoje ter atingido "a primeira meta" e manifestou-se confiante que alcançará "a segunda meta".
"O nosso objetivo principal é levar o povo ao Palácio do Povo", afirmou, referindo-se à sede da Presidência são-tomense.
Nas declarações aos jornalistas, escusou-se a comentar se pedirá apoio à sua candidatura na segunda volta aos outros candidatos do MLSTP-PSD que concorreram como independentes, bem como a Delfim Neves, afirmando ser "realmente extemporâneo".
"Eu quero ser o Presidente de todos os são-tomenses, sem qualquer tipo de exclusão, mesmo daqueles que não votaram em mim", disse.
Questionado onde pretende ir buscar os cerca de 30% de votos que lhe garantiriam a vitória na segunda volta, prevista para 8 de agosto, respondeu: "Ao povo são-tomense".
Nas suas declarações, quis deixar uma palavra de apoio aos eleitores que foram votar no domingo -- a abstenção situou-se em 32,24% - e destacou o papel dos restantes candidatos, naquela que foi a eleição presidencial com o maior número de concorrentes de sempre (19).
"A vossa contribuição e a vossa postura, o vosso discurso, a vossa elevação engrandeceu o nosso país, e deu uma grande e boa imagem do nosso povo, porque mostrou ao mundo que nós somos um país democrático e que sabemos respeitar a vontade de uns e de outros", sublinhou.
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