"Estamos a trabalhar, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, e para a gente continuar aqui administrando o Brasil. Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos", afirmou Bolsonaro, numa entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga.
O chefe de Estado brasileiro disse que os novos ministros foram escolhidos com "critérios técnicos", mas não deu detalhes específicos sobre as possíveis mudanças.
Segundo os 'media' locais, a reforma pode afetar os ministérios da Casa Civil e a Secretaria-Geral, ambos ligados ao gabinete da Presidência da República.
A mudança ocorre num momento em que o Governo brasileiro está politicamente fragilizado devido a escândalos de corrupção na gestão da pandemia e sucessivas crises administrativas e, portanto, precisa reforçar o apoio do chamado 'centrão', um grupo de partidos políticos de formações pragmáticas de direita e centro-direita mais moderadas, com amplo controlo do Congresso e que Bolsonaro pretende usar como plataforma nas eleições presidenciais de 2022.
O apoio do 'centrão' também é fundamental para evitar um eventual processo de destituição do Presidente em meio a dezenas de petições apresentadas com este objetivo e que estão paradas no Congresso brasileiro.
Bolsonaro já fez duas remodelações no Governo este ano, a última em março, quando anunciou a mudança de seis ministros, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e a "substituição" dos chefes das três Forças Armadas, que são um dos pilares da sua gestão.
Leia Também: Brasil. Jair Bolsonaro teve alta hospitalar após quatro dias internado