Svetlana Tikhanovskaia, forçada a abandonar a Bielorrússia após ter desafiado sem sucesso o Presidente Alexander Lukashenko nas eleições de 2020 que a oposição e o Ocidente consideram fraudulentas, deslocou-se este mês a Washington em busca de um apoio concreto dos Estados Unidos para a oposição no seu país.
Em mensagem na rede social Twitter, Biden considerou que o encontro de hoje com Svetlana Tikhanovskaia foi uma honra.
"Os Estados Unidos apoiam o povo da Bielorrússia na sua luta pela democracia e os direitos humanos universais", escreveu.
Lukashenko enfrentou diversos meses de protestos na sequência da sua eleição para um sexto mandato presidencial consecutivo em agosto de 2020. O seu regime autoritário respondeu com uma repressão generalizada, com mais de 35.000 detenções durante as manifestações e milhares agredidos pela polícia.
A administração de Joe Biden anunciou em maio a imposição de sanções ao Governo de Lukashenko após ter forçado o desvio de um voo da Ryanair para Minsk com o objetivo de prender um jornalista de uma plataforma digital que viajava a bordo.
Ao mesmo tempo que se acentuavam as condenações ocidentais pelas ações do líder bielorrusso, o Presidente russo Vladimir Putin decidia por sua vez reforçar a cooperação com Lukashenko.
Na sua declaração, Tikhanovskaia disse ter exortado os responsáveis norte-americanos a apoiarem o início de negociações destinadas a organização de novas eleições sob supervisão internacional, e fornecer apoios de emergência à sociedade civil e aos 'media' da Bielorrússia.
"Pedi ao Presidente Biden para não esquecer a Bielorrússia e apoiar o nosso movimento democrático com ações concretas", disse.
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