"Certamente [as vacinas] ajudarão os esforços [para conter a propagação da variante delta] durante o confinamento. Mas por si só, não vão impedir os confinamentos", disse Morrison, referindo-se ao plano de imunização, quando 16 por cento da população do país com mais de 16 anos tem já duas doses da vacina.
"Não posso garantir que não haja outros confinamentos", alertou hoje numa entrevista ao canal de televisão 9, admitindo ter aprendido a lição de ir "rápido e cedo" diante a forte carga de contágio que manifesta a variante delta.
Embora a Austrália não exceda as 34.000 infeções e 923 mortes desde o início da pandemia, um número total de infeções que países como Índia ou Indonésia registam diariamente, as suas autoridades regionais tendem a ordenar confinamentos nas cidades ou regiões ao mínimo surto.
Melbourne sofreu um confinamento de 112 dias devido a um surto do novo coronavírus detetado no meio do ano, que causou a maioria das mortes na Austrália.
Com o surgimento da variante delta há seis semanas em Sydney, a cidade e arredores manterão os seus cerca de seis milhões de habitantes confinados nas suas casas entre 26 de junho e 27 de agosto.
Como resultado deste surto - que acumulou cerca de 2.600 infeções e 13 mortes e forçou os Estados da Austrália do Sul e Vitoria a confinar seus habitantes entre sete e dez dias -, as autoridades regionais hoje endureceram ainda mais as medidas em Sydney, após relatar 239 infeções e duas mortes.
No meio à crise, Canberra reforçou o plano de vacinação e país, descrito por Morrison como "Fortaleza Austrália" e reconhecido pela sua gestão da covid-19, mantém as fronteiras internacionais encerrada desde março de 2020, como a Nova Zelândia, e planeia abri-las progressivamente até meados de 2022.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.190.383 mortos em todo o mundo, entre mais de 195,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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