O grupo, composto por cinco pessoas, terá invadido a caixa-forte do banco e roubado uma quantia de dinheiro ainda não calculada, após um dos funcionários autorizar a entrada da viatura em que seguia na parte restrita das instalações do balcão, disse à Lusa o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, Sidner Lonzo.
"Eles entraram da parte de trás das instalações. Infelizmente depois do sucedido foram abertas mais seis portas, mas portas que para serem abertas deve haver autorização de um funcionário que esteja no interior do banco", declarou o porta-voz da polícia moçambicana, acrescentando que os clientes e seguranças não se aperceberam do assalto porque a viatura foi autorizada a entrar para a parte restrita.
As constatações preliminares da polícia indicam ainda que o grupo terá ameaçado cinco funcionários que estavam no interior com recurso às armas de fogo do tipo pistola e roubado o dinheiro, tendo deixado os funcionários trancados num dos compartimentos.
"Os funcionários que estavam no local de atendimento ao público e os respetivos clientes não suspeitaram, incluindo o próprio segurança que foi autorizado a permitir a entrada destas pessoas. Tanto que eles saíram pela porta por onde entraram", acrescentou o porta-voz da PRM na Zambézia, que realça que o Serviço Nacional de Investigação Criminal investiga a possibilidade de alguns trabalhadores do banco terem facilitado o assalto.
"Agora há funcionários que estão a ser ouvidos", declarou Sidner Lonzo.
O BCI é detido a 97% pelos bancos portugueses Caixa Geral de Depósitos (CGD, através da Parbanca SGPS) e BPI.
Dados do banco central moçambicano divulgados em abril apontavam o BCI como o primeiro na lista dos três bancos de importância sistémica em Moçambique, seguido pelo Banco Internacional de Moçambique (Millennium Bim) e depois pelo Standard Bank.
No rácio que mede a importância para o setor, rotulada com a sigla inglesa D-SIB, o BCI encabeça a lista com 278 pontos, seguindo-se o Millennium Bim com 257 e o Standard Bank com 159.
