Brad Sigmon foi executado por um pelotão de fuzilamento, na passada sexta-feira, no estado norte-americano da Carolina do Sul, algo que não acontecia no país há 15 anos. No entanto, há mais um recluso no corredor da morte que poderá ser morto por este método em breve.
Chama-se Ralph Leroy Menzies, tem 66 anos e foi condenado à morte em 1988, no Utah, pelo assassinato de Maurine Hunsaker, funcionária de um posto de combustível.
Contam os meios de comunicação social norte-americanos que Ralph raptou e baleou a vítima, na noite do dia 23 de fevereiro de 1986. Antes de ser morta, Maurine ainda ligou ao marido, muito assustada, a contar que tinha sido raptada.
Dois dias depois, o seu corpo foi encontrado. Além dos ferimentos de bala, tinha outras marcas violentas. O pescoço tinha sido cortado e os pulsos apresentavam marcas de ter sido amarrada.
A autópsia revelou que foi estrangulada com uma ligadura e esfaqueada até à morte.
Já Ralph Leroy Menzies foi detido a 24 de fevereiro, um dia antes do corpo ser encontrado, por um roubo, não relacionado com o rapto. Porém, durante uma revista, os polícias descobriram que este tinha quatro cartões de Maurine em sua posse, assim como uma bolsa da norte-americana e o dinheiro que tinha desaparecido da caixa registadora do posto de abastecimento.
A 23 de março de 1988, o juiz Raymond Uno condenou Ralph à morte por fuzilamento. Apesar do recluso ter pedido para ser novamente julgado, o recurso foi negado e o norte-americano continuou no corredor da morte até hoje.
Apesar de já terem passado quase quatro décadas, os advogados continuam a pedir que Ralph não seja executado. De acordo com eles, o recluso sofre de demência e é incapaz de “entender racionalmente a justificativa do Estado para a sua execução”.
Antes de Brad Sigmon, que tinha 67 anos, apenas três outros reclusos foram executados por fuzilamento desde 1977 nos EUA e todos no Utah. O último foi em 2010, há 15 anos.
Nas suas últimas palavras, Brad citou quatro passagens da Bíblia que, como lembrou, “em nenhum lugar no Novo Testamento Deus dá ao homem autoridade para matar outro homem”.
“Quero que a minha última declaração seja de amor e uma chamada de atenção para os meus companheiros cristãos para ajudarem a acabar com a pena de morte”, leu o advogado de Brad, antes do seu cliente ser fuzilado.
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