EUA sancionam Polícia Nacional de Cuba e Biden admite mais sanções

Os Estados Unidos (EUA) impuseram na sexta-feira sanções à Polícia Nacional Revolucionária cubana e a dois altos funcionários da instituição, com o Presidente Joe Biden a admitir mais medidas caso não exista uma mudança "drástica" em Cuba.

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© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

Lusa
31/07/2021 00:07 ‧ 31/07/2021 por Lusa

Mundo

Cuba

 

Questionado sobre sanções adicionais motivadas pela repressão dos recentes protestos contra o Governo na ilha caribenha, o Presidente dos EUA respondeu: "Haverá mais, a menos que haja uma mudança drástica em Cuba, o que eu não espero".

Biden falava à margem de um encontro na Casa Branca, em Washington, com representantes norte-americanos de origens cubanas e momentos depois do Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) ter anunciado sanções contra o diretor da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) cubana, Oscar Callejas Valcarce, e o seu adjunto, Eddy Sierra Arrias, devido ao seu alegado envolvimento na repressão de manifestantes no passado dia 11 de julho.

Washington acusa os dois responsáveis, que passam a integrar a "lista negra" dos EUA, de "graves violações dos direitos humanos".

Todos os bens ou ativos que possam deter em território norte-americano estão congelados, bem como deixam de ter acesso ao sistema financeiro norte-americano, segundo as ordens do Departamento do Tesouro.

Após o anúncio das sanções, um funcionário norte-americano, citado pelas agências internacionais e que falou sob condição de anonimato, avançou que Joe Biden tenciona anunciar medidas que pretendem "melhorar as ligações de Internet" em Cuba.

"Vamos anunciar medidas para melhorar as ligações de Internet na ilha, para garantir que apoiamos a capacidade das pessoas de comunicarem umas com as outras e de receberem informação, que é algo que deve ser tratado como um direito humano", disse o funcionário, citado pela agência espanhola EFE.

É aguardado que Joe Biden aborde outros dois assuntos que estão a ser analisados pela sua administração: a possibilidade de voltar a autorizar o envio de remessas para Cuba (proibido desde novembro último) e uma possível transferência de mais pessoal para a embaixada dos EUA em Havana.

As manifestações de 11 de julho, as maiores em mais de 60 anos em Cuba, ocorreram quando o país se encontra mergulhado numa grave crise económica e sanitária, com a pandemia fora de controlo e uma enorme escassez de alimentos, medicamentos e outros bens de primeira necessidade, além de longos cortes de eletricidade em algumas regiões.

Desde que os protestos eclodiram, a estratégia do Governo cubano tem sido tentar centrar a atenção nos EUA e no embargo que impõem à ilha há seis décadas, atribuindo-lhe a responsabilidade pela situação de extrema crise económica que exacerbou o descontentamento popular.

Leia Também: EUA alertam que China está a construir mais silos de mísseis nucleares

 

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