"Estamos em contacto próximo e coordenados com o Reino Unido, Israel, Roménia e outros países. Vai haver uma resposta coletiva", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que já tinha acusado o Irão por realizar o ataque.
No domingo, Antony Bliken chamou a atenção para uma "resposta apropriada e iminente", em conjunto com os aliados.
"O Irão continua a agir de maneira terrivelmente irresponsável. As ações iranianas são uma ameaça direta à liberdade de navegação", lamentou o secretário de Estado norte-americano.
Israel, EUA, Reino Unido e Roménia culparam o Irão pelo ataque ocorrido na semana passada, mas Teerão rejeitou as acusações.
"A República Islâmica do Irão não hesitará em proteger a sua segurança e os seus interesses nacionais", alertou hoje o porta-voz iraniano dos Negócios Estrangeiros, Saeed Khatibzadeh, acrescentando que o país "irá responder e decididamente a qualquer possível aventura".
Dois membros da tripulação de um petroleiro morreram num ataque na noite de quinta-feira passada na costa de Omã, no Mar da Arábia, informou o proprietário do navio, a Zodiac Maritime.
"Com grande tristeza soubemos que o incidente a bordo do M/T Mercer Street resultou na morte de dois tripulantes: um romeno e um britânico", anunciou na rede social Twitter a Zodiac Maritime, empresa internacional com sede em Londres.
De acordo com o 'site' das operações de comércio marítimo da marinha britânica (UKMTO), o ataque ocorreu quando o petroleiro se deslocava a cerca de 152 milhas náuticas (280 quilómetros) da costa de Omã.
O proprietário do navio é japonês e o navio é gerido pela base britânica da Zodiac Maritime, que pertence ao empresário israelita Eyal Ofer, um dos homens mais ricos do planeta, segundo a revista Forbes.
O incidente com este navio mercante israelita ocorre quando há um aumento das tensões sobre o acordo nuclear do Irão e as negociações para restaurar este pacto estão paralisadas em Viena.
Desde que o então Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo em 2018, tem havido nesta região uma série de ataques a navios.
Outros navios israelitas também foram alvejados nos últimos meses no meio da tensão entre as duas nações, com autoridades israelitas a culpar o Irão pelos ataques.
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