O choque da explosão foi fortemente sentido no centro da cidade, onde se pode avistar uma espessa nuvem de fumo, proveniente ainda de um local não identificado.
Desconhece-se ainda pormenores sobre a origem ou da localização da explosão, embora haja indicações de que terá ocorrido próximo do bairro diplomático de Cabul.
A polícia afegã indicou à AFP que está ainda a recolher informações.
A explosão foi ouvida em vários bairros da capital afegã e tiros esporádicos de armas automáticas e sirenes foram ouvidos após a explosão.
Se a explosão for resultante de um atentado, ninguém ou nenhuma organização o reivindicou até agora.
Nos últimos três meses os talibãs assumiram o controlo de vastas zonas rurais do Afeganistão durante uma ofensiva-relâmpago e que coincidiu com o início da retirada internacional, nomeadamente das tropas norte-americanas.
As forças afegãs opuseram uma fraca resistência e apenas controlam as capitais provinciais, que tentam defender a todo o custo. Os combates também alastram por Helmand, bastião talibã e palco de alguns dos combates mais intensos dos 20 anos de intervenção internacional, e a província mais mortífera para a NATO.
A queda de uma primeira capital provincial teria um impacto estratégico e psicológico desastroso para Cabul e o seu exército, e reforçaria as dúvidas sobre a sua capacidade em impedir os talibãs de assumir de novo o poder na capital.
Numa altura em que se aproxima a retirada total dos Estados Unidos, já se verificam combates urbanos entre forças afegãs e talibãs em Lashkar Gah, uma das três capitais de província afegãs sob ameaça direta dos talibãs, que já confrontam também as forças afegãs nos subúrbios de Kandahar e Herat, as cidades mais populosas do país, depois de Cabul.
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