Numa nota divulgada hoje por aquele ministério é referido ainda que Cabo Verde já recebeu 409.050 doses de vacinas, sendo que 173.019 já foram aplicadas e que durante o mês de agosto são esperadas mais 300 mil doses no arquipélago.
O Governo cabo-verdiano estabeleceu a meta de vacinar contra a covid-19 pelo menos 70% da população adulta antes do final do ano, processo cuja taxa de cobertura está a ser liderado por Santo Antão, considerada a "ilha das montanhas", nomeadamente os municípios de Ribeira Grande (77,9% da população elegível) e Porto Novo (63,4%).
"Outros concelhos estão próximos de atingir a meta quando ainda faltam quatro meses até ao final do ano. Temos concelhos onde podemos acelerar por forma a aumentar a taxa de cobertura vacinal", afirmou o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, que está de visita à ilha de Santo Antão, para acompanhar o processo de vacinação local.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e representantes de partidos políticos apelaram na segunda-feira à adesão da população à campanha de vacinação contra a covid-19, sobretudo na ilha de Santiago, onde o processo está mais atrasado.
"Há muita coisa aqui em jogo. Não é só a nossa parte individual", disse o primeiro-ministro, ao presidir, na Praia, ao lançamento da plataforma "Certificado Covid", que o Governo aponta como forma de "preservar a estabilidade da situação epidemiológica, de alavancar o processo de retoma da vida social, de recuperação económica e dos empregos", bem como "incentivar a adesão ao processo de vacinação".
Ulisses Correia e Silva disse que 41% da população elegível do arquipélago (adultos) já foi vacinada com pelo menos uma dose de uma das vacinas contra a covid-19 disponíveis.
Contudo, apontou que em Santiago, a ilha mais populosa do país, a taxa de vacinação é ainda muito inferior, o que influencia o objetivo de atingir a imunidade de grupo nacional e permitir a recuperação económica.
"Temos de incentivar o processo de vacinação nos concelhos de Santiago", afirmou Ulisses Correia e Silva.
O chefe do Governo anunciou que dentro de dias avançará uma "grande ação de mobilização" no terreno e sublinhou que a retoma do turismo, que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, bem como das atividades culturais, recreativas e desportivas, depende de um "bom nível de vacinação" contra a covid-19.
"É o melhor instrumento para conseguirmos vencer esta pandemia", sublinhou, depois de reconhecer que o arquipélago regista, neste combate à covid-19, "avanços importantes que devem ser consolidados" para "evitar retrocessos".
"Devemos reconhecer que estamos com uma tendência muito positiva em relação à gestão da pandemia de covid-19. Os números estão a baixar de uma forma consistente", disse.
Segundo os dados revelados pelo diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, a taxa de incidência acumulada de covid-19 a 14 dias, em Cabo Verde, caiu para 90 casos por 100 mil habitantes -- quando no pico da pandemia, em maio, ultrapassou os 700 casos -, tendo o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus descido para 0,91 e a taxa de positividade (entre as amostras) caído para menos de 4%.
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