"Infeções em pessoas vacinadas não quer dizer que vacinas não funcionam"

Autoridades europeias esclarecem que o risco de infeção "não desapareceu" e que "era esperado um número limitado de infeções por SARS-CoV-2 entre pessoas que completaram o processo vacinal", mas que isto não significa que as vacinas não funcionam.

Notícia

© Pavlo Gonchar/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Notícias ao Minuto
04/08/2021 17:01 ‧ 04/08/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Covid-19

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) emitiram esta quarta-feira um comunicado conjunto onde “aconselham vivamente” aqueles que são elegíveis para tomar vacina a fazê-lo de forma célere, um alerta que fazem tendo em conta a rápida propagação da variante Delta.

As duas instituições sublinham que a vacinação completa com qualquer um dos imunizantes aprovados pela União Europeia “oferecem um elevado nível de proteção contra a doença grave e morte provocadas pelo SARS-CoV-2, incluindo as variantes, como a Delta”, recordando que “o nível máximo de proteção” é alcançado entre sete a 14 dias após a imunização completa.

No comunicado, as agências assumem, porém, que “o risco não desapareceu”, mas que a vacina é a solução. “Embora as vacinas disponíveis sejam altamente eficazes na proteção contra doença grave de Covid-19, até serem imunizadas maiores proporções da população, o risco não desapareceu. Estamos agora a assistir a um aumento de casos de Covid-19 em toda a União Europeia e as vacinas continuam a ser a melhor opção disponível para evitar aumento em casos de doença grave e morte”, indicou Mike Catchpole, cientista do ECDC.

“As infeções em pessoas vacinadas não quer dizer que as vacinas não funcionam”, lê-se mais adiante. “Embora a eficácia de todas as vacinas Covid-19 autorizadas na União Europeia seja alta, nenhuma vacina é 100% eficaz. Isto significa que era esperado um número limitado de infeções por SARS-CoV-2 entre pessoas que completaram o processo vacinal. Ainda assim, quando estas ocorrem, as vacinas podem prevenir doença grave em grande medida e reduzir muito o número de pessoas hospitalizadas por causa da Covid-19”.

Fergus Sweeney, responsável da EMA, reitera: “Isto não significa que as vacinas não funcionam. As pessoas vacinadas estão mais protegidas contra a forma grave de Covid-19 do que as que não se vacinam, e todos devemos esforçar-nos por estar totalmente vacinados o mais rápido possível”.

Leia Também: AO MINUTO: 3.ª dose? OMS pede para setembro. 3,5 mil milhões sem vacina

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas