O Presidente Michel Aoun considerou que "apresentar uma queixa perante as Nações Unidas é um passo indispensável para dissuadir Israel de continuar os seus ataques contra o Líbano", adiantando que a "utilização da sua força aérea para atacar aldeias libanesas acontece pela primeira vez desde 2006".
Através da conta da presidência na rede social Twitter, Aoun qualificou o bombardeamento israelita de "ameaça direta" à segurança do Líbano e de "violação flagrante e perigosa" da resolução do Conselho de Segurança da ONU que acabou com aquela guerra há 15 anos.
A força aérea israelita reivindicou hoje os ataques aéreos ao Líbano, afirmando ter visado locais de lançamento de 'rockets' após disparos do sul libanês contra o norte de Israel.
"Caças das forças armadas tiveram como alvo locais de lançamento e infraestrutura terrorista no Líbano, de onde foram disparados 'rockets'", indicaram os militares do Estado hebreu, sem precisar se se tratavam de posições do Hezbollah, muito influente no sul.
Antes dos dois ataques aéreos nos arredores da localidade de Mahmudiya, no sul do Líbano, perto da fronteira entre os dois países, Israel já tinha respondido ao lançamento dos 'rockets' com disparos de artilharia.
O primeiro-ministro libanês em exercício, Hassan Diab, já ordenou à representante do país nas Nações Unidas, Amal Mudallali, para apresentar uma reclamação "urgente" ao Conselho de Segurança pelo que considera uma "agressão explícita contra a soberania libanesa", segundo a sua conta no Twitter.
A aviação israelita bombardeia regularmente presumíveis posições do movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, realizando também ataques aéreos na Síria a alvos pró-iranianos.
Segundo fonte do exército israelita em declarações à agência France Presse, os últimos ataques aéreos ao Líbano ocorreram em 2014 após uma troca de tiros na fronteira.
Israel e o Líbano não têm relações diplomáticas e têm permanecido tecnicamente em guerra desde a guerra de 2006, com frequentes ataques de baixa intensidade na fronteira.
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