A delegação palestiniana, liderada pelo chefe do conselho shura do grupo, Mohamed Darwish, informou o Presidente turco dos resultados da sua recente visita ao Cairo e dos seus encontros com os serviços de segurança e o chefe dos serviços de informação egípcios, Hassan Rashad, adiantou fonte do Hamas à agência Efe.
Erdogan, por sua vez, sublinhou que o "espírito de resistência" do Hamas não será perdido após 471 dias de combates em Gaza, noticiou a agência turca Anadolu, citando fontes da presidência turca.
O governante turco prometeu ainda à delegação palestiniana que a Turquia continuará a "explicar a verdade" sobre Gaza e apoiará a sua população, ao mesmo tempo que manifestou a esperança de que o atual cessar-fogo avance para a segunda e terceira fases.
Segundo a Anadolu, a reunião contou ainda com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, do chefe dos serviços secretos, Ibrahim Kalin, e do chefe das comunicações presidenciais, Fahrettin Altun.
A delegação palestiniana incluía o chefe do Hamas em Gaza, Khalil al-Haya, o chefe da Cisjordânia, Zaher Jabarin, e o líder no estrangeiro, Khaled Meshaal, detalharam fontes do grupo à Efe.
A Turquia, que durante décadas foi um importante parceiro comercial e aliado político de Israel, suspendeu as relações diplomáticas e a exportação de produtos para Israel após a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.
A guerra de Gaza foi desencadeada pela ofensiva terrorista do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, com cerca de 1.200 israelitas mortos e cerca de 250 sequestrados, a que se seguiu o bombardeamento do Exército israelita de praticamente toda a Faixa durante mais de 15 meses com mais de 47.000 mortos.
Erdogan, que vê o Hamas como um movimento de "libertação nacional", insiste que a única solução para o conflito é estabelecer um Estado palestiniano ao lado de Israel nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.
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