"Não daremos nem mais um cêntimo ao Afeganistão se os talibãs assumirem o controlo total do poder, introduzirem a 'sharia' (lei islâmica) e se o país se tornar um califado", declarou o ministro social-democrata numa entrevista à televisão pública ZDF.
O Afeganistão "não pode sobreviver sem ajuda internacional", afirmou Maas.
A Alemanha contribui com cerca de 430 milhões de euros por ano e integra o grupo dos 10 mais importantes doadores de ajuda ao desenvolvimento para o Afeganistão.
Os talibãs tomaram hoje a 10.ª capital provincial numa semana, a cidade de Ghazni, situada a 150 quilómetros da capital do Afeganistão, Cabul. Em poucos dias, capturaram a maior parte da metade norte do país.
Os radicais islâmicos lançaram uma grande ofensiva contra as forças do Governo afegã no início de maio, após começar a retirada final das forças internacionais do Afeganistão.
A saída dos militares estrangeiros do país da Ásia Central deve estar concluída no final deste mês, 20 anos depois do início da sua intervenção para afastar os talibãs do poder, após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, organizados pela Al-Qaida acolhida no Afeganistão.
Maas sublinhou que a retirada das tropas internacionais foi iniciada pelos Estados Unidos. A decisão "significou que todas as outras forças da NATO tiveram de deixar o país porque nenhum país pode enviar tropas para lá" sem proteção militar norte-americana", disse.
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