Detido pela força francesa Barkhane em 2019, numa base do grupo 'jihadista' Daoula Islam, em Ariel, na região do Sahel, no norte do Burkina Faso, Mahmoudou Ibrahim Diallo, conhecido como "Houdé", rejeitou todas as acusações, de acordo com a agência France-Presse.
Segundo o Ministério Público, o homem de 25 anos foi detido enquanto guardava um conjunto de armas, tendo sido encontrados vestígios de pólvora nas suas mãos.
Ibrahim Diallo foi considerado culpado de posse ilegal de arma e associação criminosa relacionada com um grupo terrorista e, além da pena de 21 anos, terá também de pagar uma multa de dois milhões de francos cfa (cerca de três mil euros).
A câmara correcional da divisão judicial especializada no combate aos atos terroristas iniciou os primeiros julgamentos por terrorismo na segunda-feira e deveria julgar 10 casos até sexta-feira.
No entanto, devido a um movimento de protesto no seio dos serviços de transporte dos réus, vários casos foram adiados indefinidamente.
Na terça-feira, dois 'jihadistas' do Burkina Faso que conduziram um ataque em 2018 a uma escola no norte do país foram condenados a 20 anos de prisão.
O Burkina Faso, um país do Sahel, que faz fronteira com o Mali e o Níger, tem vindo a enfrentar, nos últimos seis anos, ataques 'jihadistas' cada vez mais frequentes e mortais.
A espiral de violência 'jihadista' no Burkina Faso fez mais de 1.500 mortos desde 2015 e deslocou mais de um milhão de pessoas.
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