"O ataque teve lugar em Darey-Daye por volta das 15h00 [locais, mesma hora em Lisboa]" de segunda-feira por "homens armados em motos" que dispararam contra agricultores, segundo um autarca, citado pela agência France-Presse (AFP).
Segundo a mesma fonte, 37 pessoas foram mortas, incluindo quatro mulheres e 13 menores. Outras quatro mulheres ficaram feridas.
O ataque foi confirmado por um jornalista local, que o descreveu como "muito sangrento".
"Encontraram as vítimas nos seus campos e dispararam contra tudo o que se movia", disse.
A aldeia de Darey-Daye, 40 quilómetros a leste da cidade de Banibangou e no departamento de Tillabéri, foi já alvo de homens armados.
Composta por uma vasta área de quase 100.000 quilómetros quadrados, a região de Tillabéri situa-se na zona das "três fronteiras", que reúne Níger, Mali e Burkina Faso e é palco regular de ofensivas por grupos 'jihadistas' afiliados à Al-Qaida ou ao grupo Estado Islâmico.
Em março, alegados 'jihadistas' atacaram veículos que regressavam de um grande mercado semanal e provocaram a morte de 66 pessoas, segundo números oficiais.
A região continua instável, apesar dos esforços para garantir a segurança do território.
Um contingente de 1.200 soldados do Chade, considerado o mais aguerrido da região, foi destacado para a zona das "três fronteiras" como parte da força multinacional anti-'jihadista' do G5-Sahel, composta por Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
De acordo com as Nações Unidas, em 31 de janeiro deste ano, a violência tinha forçado 100.000 pessoas a fugirem das suas aldeias na região de Tillabéri.
Na semana passada, a organização Human Rights Watch (HRW) apontou que mais de 420 civis foram mortos desde o início do ano na região ocidental do Níger por grupos 'jihadistas'.
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