Argélia dá como extintos incêndios que provocaram vários mortos

As autoridades da Argélia divulgaram que os incêndios florestais que atingiram durante uma semana várias cidades do norte do país, com o registo de vítimas mortais e milhares de hectares ardidos, estão completamente extintos, noticiaram hoje as agências internacionais.

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Lusa
19/08/2021 19:59 ‧ 19/08/2021 por Lusa

Mundo

Argélia

 

Num comunicado emitido na quarta-feira, hoje citado pela agência espanhola EFE, a Proteção Civil argelina salientou que, durante o dia de quarta-feira, não tinham sido registados novos focos de incêndio, pela primeira vez desde o início da vaga de fogos (no início de agosto), e que todos os incêndios florestais que ainda estavam ativos, em seis cidades, tinham sido controlados nas últimas horas.

A entidade destacou a intervenção das suas equipas e das forças do exército argelino, que foram apoiadas por meios aéreos disponibilizados por França e Espanha.

Os grandes incêndios que atingiram o país, que tiveram início em 09 de agosto, destruíram dezenas de milhares de hectares de floresta em redor de 26 cidades argelinas e provocaram a morte de pelo menos 73 pessoas, incluindo 33 militares.

A vaga de incêndios também fez um número indeterminado de desaparecidos.

Entre as cidades mais afetadas estão Tizi Ousou e Bejaia, na região montanhosa de Cabília.

Na cidade de Tizi Ousou, 794 edifícios e 831 quintas foram afetados pelos incêndios, segundo informou o representante da localidade, Miloud Fellahi, citado pela agência noticiosa oficial APS.

As autoridades argelinas, que desde o início dos fogos florestais alegaram que estes tinham uma "origem criminosa", acusaram diretamente o Movimento para a Autodeterminação de Cabília (MAK) e o movimento conservador islâmico Rashad (ambos classificados por Argel como organizações terroristas) de estarem por detrás dos incêndios.

Uma investigação foi aberta e, até ao momento, 61 suspeitos foram detidos pelas autoridades argelinas.

A polícia argelina indicou que a investigação permitiu descobrir que "uma rede criminosa, classificada como uma organização terrorista" estava por detrás dos incêndios, acrescentando que alguns dos suspeitos detidos confessaram pertencer aos movimentos MAK e Rachad.

As duas organizações são ainda acusadas de terem recebido "apoio e assistência de partidos estrangeiros", em particular de Marrocos.

Esta situação abriu uma crise entre Argel e o país vizinho Marrocos, com a Presidência da Argélia a anunciar, na quarta-feira, que o país ia rever as suas relações com Rabat, que acusa de "atos hostis incessantes" e de envolvimento nos incêndios.

"Os incessantes atos hostis perpetrados por Marrocos contra a Argélia exigiram a revisão das relações entre os dois países e a intensificação dos controlos de segurança nas fronteiras ocidentais", referiu a nota da Presidência, citada pela agência de notícias francesa AFP.

Leia Também: Argélia acusa Marrocos de envolvimento nos incêndios

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