Israel suspendeu as restrições à doação de sangue feita por homens homossexuais. O anúncio foi feito pelo ministro da saúde israelita, na quinta-feira, considerando que a limitação era "discriminatória e degradante".
Os homens que pretendessem doar sangue no país eram questionados sobre se tinham mantido relações com parceiros do mesmo sexo nos últimos 12 meses, sendo que caso a resposta fosse afirmativa significava a sua exclusão do processo.
O questionário foi, entretanto, revisto para formular a questão de forma mais abrangente e pergunta agora, recorrendo a linguagem neutra, se o possível dador teve ou não "relações sexuais de alto risco com um novo parceiro ou parceiros" nos últimos três meses.
Nitzan Horowitz, o ministro da saúde de Israel, também abertamente homossexual, escreveu numa publicação no Facebook que o ministério “removeu as questões degradantes e irrelevantes” nos questionários para dadores de sangue e que todos seriam tratados da mesma forma, independentemente da orientação sexual.
“Não há diferença entre um sangue e outro”, disse Horowitz, acrescentando que “a discriminação contra homens gays na doação de sangue acabou". O governante referiu ainda que "a proibição era um vestígio de um estereótipo pertencente ao passado".
Os grupos israelitas de direitos LGBTQ saudaram a mudança como um passo importante para a igualdade no país. "Agora existem doses de sangue seguras para todos, sem discriminação e sem prejudicar os direitos humanos. A discriminação também causa sérios danos à saúde ”, disse Gal Wagner Kolasko, chefe das Associações Médicas LGBT de Israel.
Até agora, os homens homossexuais só podiam doar sangue após um ano de abstinência sexual.
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