"Esperamos não ter de prolongar", afirmou o Presidente, deixando a porta aberta para um adiamento. "Haverá discussões, penso eu", disse.
E perante a pergunta de um jornalista sobre o que faria se os países aliados quisessem que os Estados Unidos ficassem mais tempo afirmou: "Veremos o que podemos fazer".
"Há discussões sobre a extensão. A nossa esperança é de que não tenhamos de o fazer", disse Joe Biden, admitindo que a situação ainda é perigosa e que "muitas coisas podem correr mal".
O Presidente também disse que as tropas norte-americanas "ampliaram o perímetro" do aeroporto para garantir a segurança, depois de cenas de desespero nos últimos dias, com vários mortos, junto do aeroporto de Cabul.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, considerou no sábado ser "impossível" retirar todos os colaboradores afegãos dos países ocidentais até 31 de agosto. Organizações de defesa dos direitos humanos também apelaram a Joe Biden para prorrogar o prazo de retirada dos EUA.
Milhares de pessoas estão apinhadas à entrada do Aeroporto Internacional Hamid Karzai de Cabul, numa tentativa de embarcar num dos aviões para deixar o país, no meio do caos que se seguiu à tomada do controlo da capital pelos talibãs há uma semana.
Na noite de hoje, um avião comercial da Air Europa aterrou na base aérea de Torrejón, Espanha, com mais um grupo de refugiados afegãos, provenientes de Cabul. A ministra da Defesa, Margarita Robles, disse que a "chave" para a evacuação no Afeganistão está no tempo que as tropas americanas controlarem o aeroporto de Cabul.
Milhares de pessoas continuam a tentar sair do país através do aeroporto da capital. Joe Biden disse hoje que desde dia 14 já foram retiradas 28.000 pessoas.
O Pentágono ordenou o recurso, com caráter de emergência, a 18 aviões comerciais dos Estados Unidos para o transporte de afegãos retirados de Cabul.
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