Talibãs garantem ao Paquistão que está livre de novos ataques
O ministro do Interior do Paquistão, Rashid Ahmed, disse hoje que os talibãs afegãos garantiram que não permitirão que os talibãs paquistaneses - um grupo militante separado do Afeganistão - usem solo afegão para ataques contra o Paquistão.
© Reuters
Mundo Afeganistão
Ahmed disse hoje que o seu ministério tem informações de que, em plena tomada de poder no Afeganistão, alguns dos líderes e membros dos talibãs do Paquistão foram libertados das prisões afegãs, acrescentando que Islamabad está em contacto com Cabul para monitorizar este assunto.
Os talibãs paquistaneses assumiram a responsabilidade por vários ataques anteriores - incluindo o ataque mortal de 2014 a uma escola de Peshawar que matou 154 pessoas, a maioria crianças em idade escolar.
Islamabad alega que os talibãs paquistaneses estiveram escondidos no Afeganistão nos últimos anos, após fugirem de operações militares lançadas contra eles dentro do Paquistão.
Rashid Ahmed também disse que, desde a semana passada, o Paquistão ajudou mais de 2.000 estrangeiros e paquistaneses a deixar o Afeganistão por via aérea e terrestre, assegurando que o Governo paquistanês está a emitir vistos de chegada para todos os diplomatas e jornalistas que pretendam deixar Cabul por questões de segurança.
Os talibãs conquistaram Cabul no dia 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.
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