O porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que os responsáveis do Departamento de Defesa estão a preparar a divulgação de orientações que preveem a obrigatoriedade da vacina, após a agência federal norte-americana do medicamento, a FDA (Food and Drug Administration), ter concedido a aprovação total à vacina anti-covid-19 da Pfizer/BioNTech.
"Agora que a vacina da Pfizer/BioNTech foi aprovada, o Departamento vai emitir uma diretiva exigindo que todo o pessoal alistado seja vacinado", disse John Kirby, sem avançar, no entanto, quando as novas orientações vão ser formalizadas.
No início deste mês, o secretário de Defesa norte-americano (equivalente ao ministro da Defesa), Lloyd Austin, afirmou, numa nota informativa, que iria "procurar a aprovação do Presidente [Joe Biden] para tornar as vacinas obrigatórias o mais tardar até meados de setembro" ou imediatamente após a homologação da FDA.
"O que ocorrer primeiro", frisou então o representante.
Na mesma nota dirigida aos militares norte-americanos, Lloyd Austin referiu ainda que "não hesitaria em agir mais cedo ou recomendar um caminho diferente ao Presidente se sentisse a necessidade de o fazer".
A agência federal norte-americana do medicamento FDA concedeu hoje a aprovação total à vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 para ser administrada em pessoas a partir dos 16 anos de idade.
A vacina tinha, até ao momento, uma autorização de uso de emergência (condicional), emitida em dezembro passado.
O fármaco continua disponível para crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, mas ainda ao abrigo desta autorização de emergência, precisou a FDA.
Esta homologação da FDA surge numa altura em que os Estados Unidos estão a tentar travar a propagação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, e num momento em que as autoridades do país tentam exercer pressão para ter mais pessoas vacinadas.
Os EUA continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 628.503 mortes entre 37.709.970 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A covid-19 provocou pelo menos 4.430.846 mortes em todo o mundo, entre mais de 211,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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