Biden tomou a decisão após consultar a sua equipa de segurança nacional, ponderando os riscos de manter as forças no terreno para além do prazo e optando por concluir a missão na próxima terça-feira, prazo que tinha sido por si definido, ainda antes de os talibãs terem tomado conta de Cabul, em 15 de agosto.
Biden pediu à sua equipa de segurança nacional para criar planos de contingência, caso surja uma situação cujo prazo precise de ser ligeiramente prorrogado, disse a mesma fonte governamental.
Os EUA intensificaram o transporte aéreo para retirada desde Cabul, nas últimas 24 horas, mas Biden tinha admitido estender o prazo de saída, levando em conta as contínuas ameaças à segurança por parte de grupos extremistas na capital afegã.
Os aliados europeus, assim como congressistas, grupos de veteranos e organizações de refugiados dos EUA estão a pedir a Biden que continue as evacuações durante o tempo que for necessário para retirar todos os estrangeiros, aliados afegãos e outros em maior risco.
Contudo, numa conferência de imprensa em Cabul, hoje, o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse que o seu movimento não aceitará prorrogações do prazo, prometendo retaliações.
Mais tarde, ainda hoje, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que os militares precisarão de "pelo menos vários dias" para retirar totalmente os vários milhares de soldados e o seu equipamento de Cabul.
Kirby disse ainda que os comandantes das forças militares no Afeganistão pretendem partir até 31 de agosto, considerando que há tempo suficiente para retirar todos os norte-americanos, mas foi menos específico sobre a conclusão da evacuação de todos os afegãos em risco.
"Acreditamos ter a capacidade de fazer isso até ao final do mês", disse o porta-voz do Pentágono, referindo-se ao número não especificado de cidadãos norte-americanos que estão a tentar sair.
Aliados dos EUA e outros países também estão a realizar evacuações e terão de encerrar as suas operações e partir antes de as tropas dos EUA concluírem a sua saída.
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