Uma coligação de grupos de polícias negros no ativo e reformados está a pedir que seja concedida a liberdade condicional a Sundiata AColi, um antigo membro do partido Black Panther e da sua ala armada, o Black Liberation Army, segundo o The Guardian.
Acoli tem 84 anos e está preso há 48 pelo homicídio de Werner Foerster, um agente da polícia estadual de New Jersey, em 1973.
A coligação de polícias negros entregou um documento legal no Supremo Tribunal de New Jersey, no qual considera que o contínuo aprisionamento de Sundiata Acoli é uma “afronta à justiça racial” e acusa a comissão de liberdade condicional de violar a lei por repetidamente recusar libertar Acoli.
“O sr. Acoli passou mais de metade da sua vida em celas de prisão com a área de um lugar de estacionamento, incluindo perto de 20 anos como um cidadão sénior… Deve ser-lhe concedida a liberdade condicional”, pode ler-se no documento entregue no Supremo de New Jersey.
No documento legal, a coligação assinala ainda que o estado de New Jersey tem a maior disparidade dos Estados Unidos no que diz respeito ao encarceramento entre negros e brancos, uma diferença de 12 para um.
Acoli é um de 11 antigos membros do partido Black Panther e do Black Liberation Army que ainda estão na prisão por crimes cometidos nos anos 60 e 70 do século passado. Muitos dos prisioneiros estão perto de cumprir 50 anos atrás das grades.
Numa comunicação enviada ao The Guardian, Sundiata Acoli afirma que agora “nem sequer representa uma ameaça a uma mosca”. “A minha sentença é obviamente demasiado longa. Estou rapidamente a desintegrar-me aos olhos da minha família e dos meus amigos”, frisa.
Leia Também: Relatório dos serviços secretos inconclusivo quanto à origem da Covid-19